terça-feira, 18 de novembro de 2008

Espião russo na OTAN pode ter revelado segredos sobre o Escudo Anti-Mísseis e sobre Cyber-Guerra

Do Times Online. (levemente resumid) http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/europe/article5166227.ece

Um espião no coração da OTAN que pode ter passado segredos do escudo anti-misseis americano e sobre cyber-defesa para a inteligência russa, foi descoberto.

Herman Simm, 61, um funcionário do Ministério da Defesa Estoniano foi preso em Setembro, era responsável por manusear todas as informações secretas de seu país na OTAN, dando a ele acesso a todos os mais altamente secretos documentos de outros membros da aliança.

Ele fora rucratado pelos russos no final dos anos 80 e foi acusado na Estonia por enviar informações a uma potência estrangeira.

Vários times de investigação, tanto da UE e da OTAN, sob a supervisão de um agente americano, voaram para a capital da Estonia Tallinn para medir o tamanho do que é visto como o mais sério caso de espionagem contra a OTAN desde o fim da Guerra Fria.

"Quanto mais eles trabalhem no caso, mais óbvio fica o real tamanho do impacto dessa suspeita traição," afirmou a revista Der Spiegel. Um membro do governo alemão descreveu a penetração russa como uma "catástrofe".

Comparações estão sendo feitas com o caso de Aldrich Ames, ex-chefe do Departamento de Contra Inteligência da CIA que era na verdade o maior agende da Rússia nos EUA.

O caso de Simm lembra as velha histórias de espionagem da Guerra Fria. Ele usava um radio transmissor escondido para arranjar reuniões com seu contato, aparentemente alguém que se passava por um empresário espanhol.

Mas o Sr. Simm não é uma relíquia dos dias de Kim Philby ou outros notórios agentes infiltrados. Ele estava no centro de uma das mais importantes missões estratégicas da OTAN: defender a aliança de um cyber ataque.

O Sr. Simm presidia as delegações do governo em conversações bilaterais sobre a proteção de fluxo de informações secretar. E era um importante agente na criação dos sistemas de proteção de informação da OTAN e da UE.

Uma outra questão importante é se Simm estava ou não operando sozinho. Um alto membro da polícia da Estônia pediu asilo no Reino Unido no final da década de 90 dizendo às autoridades britânicas que estava tentando fugir da pressão do serviço secreto russo para que vendesse segredos.

Os russos, ao que pareçe, se empenharam em comprar o máximo de pessoas-chave que pudessem: a perspectiva de forças da OTAN na froteira norte da Rússia era muito alarmante para o Kremlin. Além disso, o Sr. Simm foi por muitos anos encarregado de distruibuir autorizações de acesso: ele pode ter facilitado a entrada de outros agentes russos.

Até o momento a OTAN se recusa a falar qualquer coisa. Mas não há dúvida de que o caso é extramemente embaraçoso. E mesmo que a Rússia possa ter pedido um agente, de acordo com um jornal estoniano, ela atingiu uma vitória tática ao semear suspeita entre os países Ocidentais da OTAN e seus novos membros da Europa Central e Oriental.

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