segunda-feira, 24 de novembro de 2008

HA HA! A Mãe Rússia estava com razão!

http://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=4559


xD

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Resumão

Pessoas, estamos meio sem tempo de resumir todas as notícias. Envio alguns links que julgo merecerem sua atenção.

http://en.rian.ru/world/20081117/118364407.html


http://en.rian.ru/world/20081117/118363466.html


http://en.rian.ru/world/20081117/118361866.html


http://en.rian.ru/russia/20081117/118359856.html


http://en.rian.ru/russia/20081117/118350176.html


http://en.rian.ru/world/20081117/118347127.html


http://en.rian.ru/russia/20081116/118341332.html
Espião russo na OTAN pode ter revelado segredos sobre o Escudo Anti-Mísseis e sobre Cyber-Guerra

Do Times Online. (levemente resumid) http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/europe/article5166227.ece

Um espião no coração da OTAN que pode ter passado segredos do escudo anti-misseis americano e sobre cyber-defesa para a inteligência russa, foi descoberto.

Herman Simm, 61, um funcionário do Ministério da Defesa Estoniano foi preso em Setembro, era responsável por manusear todas as informações secretas de seu país na OTAN, dando a ele acesso a todos os mais altamente secretos documentos de outros membros da aliança.

Ele fora rucratado pelos russos no final dos anos 80 e foi acusado na Estonia por enviar informações a uma potência estrangeira.

Vários times de investigação, tanto da UE e da OTAN, sob a supervisão de um agente americano, voaram para a capital da Estonia Tallinn para medir o tamanho do que é visto como o mais sério caso de espionagem contra a OTAN desde o fim da Guerra Fria.

"Quanto mais eles trabalhem no caso, mais óbvio fica o real tamanho do impacto dessa suspeita traição," afirmou a revista Der Spiegel. Um membro do governo alemão descreveu a penetração russa como uma "catástrofe".

Comparações estão sendo feitas com o caso de Aldrich Ames, ex-chefe do Departamento de Contra Inteligência da CIA que era na verdade o maior agende da Rússia nos EUA.

O caso de Simm lembra as velha histórias de espionagem da Guerra Fria. Ele usava um radio transmissor escondido para arranjar reuniões com seu contato, aparentemente alguém que se passava por um empresário espanhol.

Mas o Sr. Simm não é uma relíquia dos dias de Kim Philby ou outros notórios agentes infiltrados. Ele estava no centro de uma das mais importantes missões estratégicas da OTAN: defender a aliança de um cyber ataque.

O Sr. Simm presidia as delegações do governo em conversações bilaterais sobre a proteção de fluxo de informações secretar. E era um importante agente na criação dos sistemas de proteção de informação da OTAN e da UE.

Uma outra questão importante é se Simm estava ou não operando sozinho. Um alto membro da polícia da Estônia pediu asilo no Reino Unido no final da década de 90 dizendo às autoridades britânicas que estava tentando fugir da pressão do serviço secreto russo para que vendesse segredos.

Os russos, ao que pareçe, se empenharam em comprar o máximo de pessoas-chave que pudessem: a perspectiva de forças da OTAN na froteira norte da Rússia era muito alarmante para o Kremlin. Além disso, o Sr. Simm foi por muitos anos encarregado de distruibuir autorizações de acesso: ele pode ter facilitado a entrada de outros agentes russos.

Até o momento a OTAN se recusa a falar qualquer coisa. Mas não há dúvida de que o caso é extramemente embaraçoso. E mesmo que a Rússia possa ter pedido um agente, de acordo com um jornal estoniano, ela atingiu uma vitória tática ao semear suspeita entre os países Ocidentais da OTAN e seus novos membros da Europa Central e Oriental.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Rússia e Escudo ABM

Em: http://www.estadao.com.br/internacional/not_int277011,0.htm

Rússia não instalará míssil se EUA desistirem de escudo

Medvedev se mostra pronto para abandonar projeto se Obama fizer o mesmo com sistema de defesa na Europa

Reuters

PARIS - A Rússia pode cancelar seu plano de posicionar mísseis na fronteira com a Polônia se o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, abandonar os planos americanos para um sistema de defesa antimísseis no Leste Europeu, segundo afirmou o presidente Dmitri Medvedev. Em uma entrevista ao diário francês Le Figaro publicada nesta quinta-feira, 13, Medvedev disse que Moscou teve outra opção senão apresentar uma reação ao projeto americano de instalar uma rede de mísseis e sistemas de radares na fronteira russa.

A Rússia escolheu para a instalação das armas sua porção de território mais próxima da Europa, um pequeno enclave na costa do Báltico chamado Kaliningrado, separado do território russo por cinco ex-repúblicas soviéticas, na fronteira com a Polônia. Ao anunciar os planos, na semana passada, Medvedev disse que essas foram "medidas forçadas" pelos próprios Estados Unidos. "Porém, estamos prontos para abandonar esta decisão de posicionar os mísseis em Kaliningrado se o novo governo americano, assim que analisar a utilidade real de um sistema para responder aos 'estados rebeldes', decidir abandonar o sistema antimísseis", afirmou ao Le Figaro.

"Estamos prontos para negociar uma 'opção zero'. Estamos prontos para considerar um sistema de segurança global com os EUA, os países da União Européia e a Federação Russa", manifestou.

Washington afirma que o sistema de defesa de mísseis que planeja instalar na Polônia e na República Checa é necessário para proteger os EUA contra ataques com foguetes dos países que qualifica como Estados rebeldes, entre eles o Irã. A Rússia acredita que o projeto é uma ameaça contra sua segurança e anunciou seus planos de instalar os mísseis no dia da vitória de Obama.

"Esperamos construir relações francas e honestas com o novo governo e resolver os problemas que não pudemos resolver com a administração atual", declarou o líder russo.

sábado, 8 de novembro de 2008

Notícias: Itália e Rússia

Russia, Italy see no obstacles to agreeing new Russia-EU pact

MOSCOW, November 6 (RIA Novosti) - Russia sees no obstacles to the signing of a new partnership and cooperation agreement with the European Union, President Dmitry Medvedev said after talks with Italian Prime Minister Silvio Berlusconi.

"On the whole, presently there are no obstacles for a full-format development of [Russia-EU] relations in all directions," he told journalists when asked whether the recent Caucasus events have slowed down the talks.

Notícia completa em http://en.rian.ru/world/20081106/118176144.html

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Russia, Italy sign packet of cooperation agreements

MOSCOW, November 6 (RIA Novosti) - Russia and Italy signed a number of bilateral cooperation documents on Thursday, including in the nuclear sphere.

The package was signed after a regular round of Russian-Italian intergovernmental talks attended by Russian President Dmitry Medvedev and Italian Prime Minister Silvio Berlusconi.

Notícia completa em http://en.rian.ru/russia/20081106/118174419.html

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Italian PM says truth of S. Ossetia conflict must emerge

MOSCOW, November 6 (RIA Novosti) - The international community should be told the truth about the August war between Georgia and Russia over Tbilisi's breakaway republic of South Ossetia, the Italian premier said on Thursday.

"I would like citizens of Europe and the world to learn the real facts that led to this conflict," Italian Prime Minister Silvio Berlusconi said following Russian-Italian intergovernmental consultations.

Berlusconi, one of the few western leaders who said that Russia's actions at that time were a response to Georgia's aggression, said Rome's position on the conflict in South Ossetia was solely based on facts.

Notícia completa em http://en.rian.ru/world/20081106/118173652.html

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Entrevista com Dmitri Rogozin parte 2 de 2

Revista VEJA, 24 de Setembro de 2008

A Rússia anunciou que vai fazer, ainda neste ano, manobras navais com a Venezuela, as primeiras no Caribe desde o fim da Guerra Fria. Na semana passada, aviões russos já realizaram exercícios militares na região. Trata-se de uma resposta ao escudo antimíssil e à presença da OTAN no Mar Negro?

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia informou que a decisão de mandar uma esquadra para a Venezuela precede o conflito com a Geórgia. Quanto às relações entre a Rússia e a OTAN, de fato não estão muito boas. Esperávamos uma posição mais clara e sincera da organização sobre os assuntos no Cáucaso. Se a Otan mantiver a ajuda militar, política e moral às agressões da Geórgia contra os pequenos povos do Cáucaso, não poderemos considerá-la nossa parceira.

Isso pode significar o início de uma nova Guerra Fria entre a Rússia e o Ocidente?
Graças a Deus, não acredito que possa começar uma nova Guerra Fria. A Rússia não tem interesse nisso e espero que nossos parceiros também não. Mas, se a OTAN quiser continuar a existir, terá de se modificar. A OTAN (criada após a II Guerra Mundial para fazer frente à União Soviética) não pode continuar sendo uma aliança em bloco como é hoje. Devemos neutralizar todos os esforços para a manutenção na Europa das linhas vermelhas (uma fronteira estratégica traçada por Moscou após o fim da União Soviética, englobando países de sua esfera de influência). Se não houver uma relação muito estreita entre a Rússia e os europeus, não se poderá construir a paz a longo prazo. Os russos sempre serão obrigados a manter uma postura defensiva em relação ao Ocidente.

O senhor comparou Saakashvili a Gavrilo Princip, o sérvio que matou o arquiduque da Áustria, em 1914, dando início à I Guerra Mundial. Não é um exagero retórico?
Até recentemente, pensávamos que éramos capazes de evitar conflitos na Europa. Agora, não podemos mais ter essa certeza. Os acontecimentos na Geórgia demonstraram que uma única pessoa pode destruir o mundo. A arquitetura da paz construída após a II Guerra Mundial não existe mais. Há que se discutir um novo caminho para garantir a tranqüilidade no continente.

Quando começou o conflito na Geórgia, os Estados Unidos ameaçaram dificultar a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC). Essa possibilidade preocupa os russos?
Neste momento, a entrada na OMC não é o objetivo principal da Rússia. Tudo depende das condições impostas para o nosso ingresso. Está claro que as condições para a nossa entrada na OMC não são as mesmas exigidas de outros países. Há aí um exemplo da discriminação contra nós. De qualquer forma, nossos produtos mais importantes são petróleo e gás natural. Como não temos concorrentes nesse setor, não ser aceito na OMC está longe de representar um grande problema para a Rússia. Podemos esperar.

Numa reunião de emergência, no início do mês, os governantes da União Européia decidiram não impor sanções contra a Rússia, como punição pela guerra na Geórgia. O que isso revela sobre as relações entre a Europa e a Rússia?
Uma parte da Rússia está e sempre estará dentro da Europa. Não é mais possível dividir a Europa em duas partes. A Rússia tem relações econômicas profundas com a União Européia. Por isso, medidas-bumerangue, que vão e voltam com a mesma intensidade, não podem ser lançadas contra nossos interesses. Eventuais sanções contra a Rússia seriam sanções contra a própria Europa.

A União Européia parece ter medo de que a Rússia corte o fornecimento de gás natural para os países do bloco.
Nós não podemos retaliar ninguém no campo das relações energéticas, porque, da mesma forma que a Europa é dependente do petróleo e do gás natural da Rússia, nós dependemos dos europeus para que comprem esses produtos. Como partilhamos interesses, a Rússia jamais discutirá o problema nesses termos.

As relações de seu país com a OTAN foram suspensas, mas a Rússia manteve a cooperação com a aliança no Afeganistão. Por quê?
Porque no Afeganistão temos uma ameaça que é o movimento talibã. Como o terrorismo fundamentalista também preocupa a Rússia, o talibã é um inimigo comum.

Por que é tão ruim para a Rússia que a Ucrânia ou a Geórgia entrem na OTAN?
No caso da Ucrânia, é preciso deixar claro, antes de mais nada, que o povo não quer a entrada do país na aliança militar ocidental. As pesquisas de opinião mostram que 70% da população é contra. Seria, portanto, uma decisão antidemocrática. Para nós é ruim porque a Ucrânia e a Rússia são partes de uma mesma família. Temos uma ligação histórica, de um povo dividido em dois países. Por isso, Ucrânia e Rússia não podem estar em diferentes blocos. Ou ingressamos ambos na Otan, ou nenhum dos dois entra. Além disso, a Rússia tem uma base naval em Sebastopol, na Criméia. Em 1997, fizemos um acordo com a Ucrânia para manter a base ali. Sebastopol serve ao mesmo tempo como uma base e uma cidade russa. Ninguém pode imaginar o destino do lugar sem a presença da nossa frota. Quanto à Geórgia, Saakashvili organizou um referendo há oito meses para decidir sobre a entrada na Otan, mas sem a participação da população da Ossétia e da Abkházia. Oficialmente, 70% votaram a favor da Otan. A verdade é outra, porque o referendo não contou com o voto de metade do povo georgiano. Os ossetas e os abkhazes também não querem entrar na aliança ocidental. Para completar, na Otan há uma regra: é proibido convidar países com disputas territoriais internas para participar da organização.

Quem manda na Rússia: o primeiro-ministro Vladimir Putin ou o presidente Dimitri Medvedev?
Ninguém conhece, de maneira profunda, as relações existentes entre Medvedev e Putin. São amigos e, por isso, teremos a continuação da política elaborada por Putin. Medvedev é jovem, inteligente e tem suas próprias opiniões sobre política interna e externa. O caminho que o país está seguindo, no entanto, é o da política de Putin. Pode-se dizer que Medvedev é um pouco mais moderado, pelo menos na maneira de administrar as coisas.

Uma reportagem do jornal americano The New York Times diz que o senhor tinha um retrato de Stalin em seu escritório em Bruxelas. Em uma visita aos Estados Unidos, o senhor o teria dado de presente ao ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger.
Essa foi uma piada que o repórter do jornal levou a sério. Eu tenho no meu escritório retratos de Putin, Medvedev e do ministro das Relações Exteriores de meu país. Nunca dei nenhum retrato de Stalin a Kissinger.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Entrevista com Dmitri Rogozin parte 1 de 2

Revista VEJA, 24 de Setembro de 2008

O embaixador da Rússia junto à OTAN diz que a Geórgia começou a guerra na Ossétia do Sul e acusa os Estados Unidos de estarem por trás da instabilidade no Cáucaso



Ao aceitar a indicação para ser embaixador da Rússia junto à OTAN, posto que assumiu e janeiro deste ano, Dimitri Rogozin, de 44 anos, parecia destinado a sumir do noticiário. Em seu país, ele fazia barulho fundando e liderando partidos ultranacionalistas, um dos quais banido das últimas eleições parlamentares por veicular na TV uma propaganda ofensiva contra imigrantes. A invasão da Geórgia pela Rússia, no mês passado, deu a Rogozin a oportunidade de exibir novamente seu estilo ácido defazer política – ou, no caso, diplomacia. Quando a OTAN, liderada pelos Estados Unidos, mandou navios com ajuda humanitária para as vítimas do conflito, ele soltou uma das suas contra o presidente da Geórgia: “Estão levando papel higiênico para o presidente Mikhail Saakashvili”. A confusão no Cáucaso deve se estender. Há duas semanas, a Rússia anunciou que vai manter, por tempo indeterminado, 7600 soldados na Ossétia do Sul e na Abkházia, regiões separatistas do país visinho. Rogozin concedeu a seguinte entrevista a VEJA, de seu escritório em Bruxelas, na Bélgica:


A guerra na Geórgia foi provocada pela Rússia?
Não. A guerra começou porque a Geórgia quis – e quer – resolver todos os problemas étnicos em seu território com agressões militares. Em abril deste ano, durante uma reunião em Bucareste, na Romênia, os membros da OTAN declararam que a Geórgia e a Ucrânia estavam aptas a integrar a aliança militar ocidental. Essa afirmação deu impulso à tensão no Cáucaso e foi interpretada pelo presidente Mikhail Saakashvili como uma licença para atacar a Ossétia do Sul e assassinar muita gente na região. Saakashvili deve ter pensado que, a partir daquele momento, poderia fazer o que quisesse, sem prestar contas a ninguém. A OTAN tem de admitir sua responsabilidade ao propiciar as matanças perpetradas por Saakashvili.


Duas semanas depois do fim do conflito, Moscou reconheceu a independência da Abkházia e da Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia. A guerra não forneceu um pretexto para uma antiga ambição russa?
Tudo o que aconteceu na Geórgia foi contra a nossa vontade. Não há dúvida de que o surgimento de dois novos países é um processo complicado. Mas ele é irreversível: trata-se da única maneira possível de defesa dos cidadãos da região. Depois da agressão de Saakashvili, todo mundo viu que não se pode conversar com esse senhor da guerra no Cáucaso. Dele, é possível esperar atitudes ainda piores. A independência dos dois ex-territórios georgianos é a condição para a paz.


A Abkházia e a Ossétia do Sul serão incorporados ao território russo?
Não, não e não. Ao contrário, o processo de independência em curso nas duas repúblicas demonstra que a Rússia não tem nenhum desejo de anexar tais territórios.


A Rússia diz que seus soldados entraram na Geórgia para defender os ossetas. O que eles estão fazendo, agora, para impedir a vingança das milícias separatistas contra os georgianos que vivem na Ossétia do Sul?
Não temos conhecimento de tudo o que ocorre na Ossétia do Sul. Mas, com a criação de uma nação livre, poderemos cobrar dos dirigentes da nova república explicações sobre os erros cometidos dentro de seus limites. É por esse motivo que a Rússia tem muito interesse em apoiar o surgimento de democracias fortes na Ossétia do Sul e Abkházia.


O Presidente George W. Bush enviou navios militares ao mar Negro para entregar ajuda humanitária à Geórgia e anunciou um pacote de 1 bilhão de dólares para a reconstrução do país. Como o senhor vê a atuação dos Estados Unidos no episódio?
A maneira como os EUA agiram nas últimas semanas demonstra que o país é um patrocinador militar e político de Saakashvili e de suas agressões contra os ossetas. É uma pena, mas é essa a verdade. Saakashvili é uma figura terrível não só para os cidadãos russos e para os pequenos povos da Ossétia e da Abkházia. Ele é uma figura terrível para o seu próprio país. Durante o seu mandato, a Geórgia corre o risco de perder parte considerável do seu território. Esse é o preço da agressão. A culpa é inteiramente de Saakashvili. Não se pode manter no poder alguém tão irresponsável como ele.


O que representa para a Rússia a decisão dos Estados Unidos de instalar um escudo antimíssil na Polônia, confirmada em um acordo assinado poucos dias depois do fim da guerra?
Trata-se de uma tentativa dos Estados Unidos de criar um problema a mais em nossas fronteiras e neutralizar nossa capacidade nuclear. Por isso é preciso buscar, de nossa parte, uma resposta a essa provocação.


Continua...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Parlamento Tcheco em considerações sobre ratificação do Escudo Anti-Mísseis

A casa baixa do parlamento tcheco iniciou as discussões a respeito da ratificação dos acordos com os EUA concernentes à instalação de um radar no país.

Eles devem decidir de rejeitam de pronto o acordo ou se mantém a discussão em comitês específicos sobre o tema. Se as discussões continuarem o acordo pode ser ratificado já em 2009.

http://en.rian.ru/world/20081029/118017407.html


Rússia ratifica acordos de amizade com Abkházia e Ossétia do Sul

Os tratados de amizade, que já foram mencionados neste blog, foram ratificados pela casa baixa do parlamento russo. Confirmando o alargamento das relações entre Moscou e as duas províncias separatistas da Geórgia.

http://en.rian.ru/russia/20081029/118011845.html

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Geórgia admitiu a Guerra

A oposição questionou as razões para a guerra no domingo, quando audiências parlamentares começaram na Georgia, iniciadas pela comissão de investigação da guerra do último agosto. MP's perguntarão ao poder executivo sobre questões específicas, mas todas as perguntas levam ao mesmo ponto: porque a Georgia moveu suas tropas para a Ossétia do Sul.

sábado, 25 de outubro de 2008

Muitas notícias frescas. Vou separar em tópicos.

Relação entre Ucrânia e Rússia


Ucrânia afirma que Rússia deverá se preparar para deixar a Criméia

Novamente a Ucrânia traz à tona a questão da Frota do Mar Negro. Kiev afirmou que a Rússia deve começar desde já a preparar a retirada de sua frota da base de Sevastopol, já que o processo pode durar até 6 anos. O tratado assinado prevê que a Rússia deverá encerrar sua presença militar na península até 2017.

http://en.rian.ru/world/20081024/117934615.html


Ucrânia afirma que Rússia forneceu armas à Abkházia e Geórgia

A Ucrânia acusou a Rússia de fornecer armamentos tanto à Abkházia quanto à Geórgia antes da guerra de agosto. As acusações foram uma resposta das acusações russas de que a Ucrânia teria fornecido armamentos à Geórgia.

Segundo a Ucrânia, ao contrário da Rússia ao vender armas para a Geórgia a Ucrânia não violou nenhum tratado embargo de armas. Kiev lembrou que existe um embargo de armas contra a Abkházia desde 1992.

http://en.rian.ru/world/20081024/117935966.html


Relações entre EUA e Rússia


EUA impôem embargo ao Exportador de Armamentos Estatal da Rússia

Os EUA impuseram embargo de armas è empresa estatal russa de venda de armamentos, a Rosobonoronexport. A Rosobonexport é a empresa estatal responsável por fazer a mediação entre TODAS as empresas da indústria de armamentos da Rússia e os seus compradores internacionais.

A inclusão da Rosobonexport na lista foi justificada por uma alegada relação com a proliferação de armas de destruição em massa.

A ordem foi assinada no dia 16 de Outubro e entrou em vigor nesta semana e deve durar dois anos. A Rosoboronexport foi incluída numa lista onde figuram Venezuela, China, Coréia do Norte e do Sul, Emirados Árabes Unidos, Sudão, Síria e a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.

A reação dos russos foi bem enérgica. O Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que "Os Estados Unidos introduziram essas sanções sem nenhuma base no Direito Internacionais. Nós levaremos isso em consideração nas nossas relações com os EUA." Ele ainda adicionou: "Se algumas pessoas em Washington acham que isso faria com que a Rússia tivesse uma posição mais amena com relação à posição americana sobre o programa nuclear iraniano, eles estão errados."

Além disso, Moscou afirmou que os EUA estão tentando frustrar o desenvolvimento da indústria de armamentos da Rússia. Eles alegam que é muito estranho que a decisão tenha sido tomada poucos dias depois do anúncio de que as exportações de armamentos da Rússia cresceram 23% nos primeiros nove meses de 2008.

http://en.rian.ru/world/20081024/117923187.html

http://en.rian.ru/russia/20081024/117930567.html


http://en.rian.ru/russia/20081024/117938778.html


Questão da Geórgia


Ajuda para a Geórgia é direcionada também para a Abkházia e a Ossétia do Sul

O Líder do delegação do Parlamento Europeu em Moscou afirmou que toda a ajuda destinada a Geórgia é destinada para todo o território do país, o que inclui, obviamente, a Ossétia do Sul e a Abkházia.

http://en.rian.ru/world/20081025/117948909.html

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Geórgia nega as acusações russas de redisposição de tropas

O MRE da Geórgia negou as acusações russas de que o país teria falhado ao cumprir parte do acordo que terminou a guerra na Ossétia.

http://en.rian.ru/russia/20081023/117920147.html
Geórgia não cumpra compromisso de reposicionamento de tropas

O Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, acusou ontem a Geórgia de não ter cumprido com a sua parte dos acordos que terminaram a guerra na Ossétia do Sul. As forças georgianas deveriam voltar para as suas posições de desdobramento permanente, mas, segundo o Ministro, não foi o que aconteceu. Lavrov criticou ainda a postura dos observadores da União Européia que, segundo ele, teriam "prestado pouca atenção a essas questões".

http://en.rian.ru/russia/20081023/117908756.html


Rússia urge a doadores que verifiquem como a Geórgia usa doações

Moscou pediu aos países doadores que se certifiquem que a Geórgia não use o dinheiro recebido para a sua reconstrução em projetos de rearmamento. Os doadores incluem a Alemanha, Noruega, Letônia, Itália, Ucrânia, os EUA e a UE.

http://en.rian.ru/world/20081023/117908925.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ucrânia critica Ministro Alemão por duvidar da entrada na OTAN

O Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia criticou as afirmações do Ministro alemão Gernot Erler. O Ministro Erler teria afirmado em uma vídeo conferência que a Ucrânia e a Geórgia não estariam preparadas para entrar na OTAN, ele questionou ainda a capacidade dos dois países de contribuir para a segurança da Europa.

Em resposta, o Ministro das RE da Ucrânia afirmou que "ao contrário de alguns países europeus" a Ucrânia participa de todas as missões de peacekeeping sob o comando da OTAN.

http://en.rian.ru/world/20081022/117897830.html

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Reunião da Comissão Ucrânia-OTAN

27 de Agosto de 2008

Texto final: http://www.nato.int/docu/pr/2008/p08-109e.html

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Rússia quer ter presença permanente na base de Defesa Anti-mísseis na Rep. Tcheca

O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia iria retirar suas objeções aos planos norte-americanos de instalar um sistema de Defesa Anti-Mísseis Balísticos na Europa Oriental caso sejam postados observadores russos permanentemente nas bases.

"Somente uma visita não vai mudar nada, mas somente aumentar nossas suspeitas." Afirmou o Ministro.

http://en.rian.ru/russia/20081020/117844298.html

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Abkházia e Ossétia do Sul ganharão status de observadores na União Rússia-Belarus

Os parlamentos da Abkházia e da Ossétia do Sul receberam status de observadores permanentes nas sessões parlamentares da Estado Unido Rússia-Belarus.

O Estado Unido Rússia-Belarus é uma entidade supranacional composta pela Federação da Rússia e a República de Belarus
criado em 1996 com o intuito de promover uma maior "integração econômica, social e política".

http://en.rian.ru/world/20081017/117799425.html


Abkházia afirma que a Rússia não construirá bases novas em seu território

O Ministro das Relações Exteriores da Abkházia afirmou que serão reativadas as antigas bases russas no território abkhaz e que nenhuma nova base será construída. De modo que a base russa será organizada na Base Aérea de Gudauta, onde os peacekeepers russos mantinham seu quartel general.

http://en.rian.ru/world/20081017/117803835.html


Líderes da União Européia não chegam a consenso sobre a Rússia

Nas discussões emergenciais em Genebra as posiçóes dos países europeus sobre a Rússia foi diversa. A França apóia a extensão das negociações e, assim como a Alemanha, parabenizou a Rússia pela retirada completa dos peacekeepers dentro do prazo acordado.

Polônia, Reino Unido, os estados bálticos, Dinamarca, Suécia e República Tcheca consideraram que seria prematuro ampliar as cooperações com a Rússia e sugeriram a continuação do monitoramento da situação no Cáucaso.

Com isso as reuniões foram adiadas até o dia 10 de Novembro.

http://en.rian.ru/analysis/20081017/117809491.html


Cadelinha de Putin ganha sua coleira monitorada por satélite e abana o rabo

Connie, uma Labrador, cadela de estimação do Primeiro-Ministro Vladimir Putin ganhou finalmente sua coleira rastreado por satélite que lhe havia sido prometida no começo do ano.

A simbólica coleira é ligada ao sistema russo Glonass, a versão russa do GPS americano.

"Venha aqui Connie, eu lhe trouxe um presente. Ela está abanando o rabo, quer dizer que ela gostou" afirmou o Primeiro-Ministro Putin.

http://en.rian.ru/russia/20081017/117800806.html



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Muitas notícias hoje. Vou colocar somente as manchetes e os links.

Primeira-Ministra Ucraniana muda posição para salvar coalizão

http://en.rian.ru/world/20081016/117780849.html


Cazaquistão e Rússia executarão exercícios conjuntos de defesa anti-míssil

http://en.rian.ru/world/20081016/117774792.html


Geórgia acusa a Rússia de ter violado o seu espaço aéreo novamente

http://en.rian.ru/world/20081015/117753192.html


OTAN 'ignora' a Rússia após oferta de auxílio no combate ao tráfico de drogas no Afeganistão

http://en.rian.ru/world/20081014/117736111.html
[

Rússia afirma que as conversações de Genebra são inúteis sem a presença de representantes da Ossétia e Abkházia

http://en.rian.ru/russia/20081014/117736472.html


EUA não tem planos de oferecer assistência militar à Geórgia em 2009

http://en.rian.ru/world/20081014/117723610.html


Espero que estejam estudando. Qualquer dúvida: otan@onujr.com

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Abkházia e Ossétia do Sul participarão das discussões sobre segurança em Genebra

IMPORTANTE

O Ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, afirmou nesta segunda feira que representantes da Ossétia do Sul e Abkházia participariam das discussões sobre segurança marcadas para esta quarta-feira.

A conferência deverá discutir arranjos de segurança para a Geórgia e toda a região do cáucaso. A participação das duas representações é um pedido direto do governo russo.

Adaptado de: http://en.rian.ru/world/20081013/117710108.html

domingo, 12 de outubro de 2008

Juiz que suspendeu o decreto de Yushenko é processado

Kiev, 12 de Outubro (RIA Novosti).
A Procuradoria de Kiev iniciou processo criminal contra o Juiz que suspendeu o decreto de Yushenko. O Presidente decretou a dissolução do Parlamento de acordo com as regras constitucionais ucranianas, que dão ao Presidente poder para dissolver o parlamento caso não se forme uma coalizão de maioria em 30 dias. De acordo com a constituição uma nova eleição deve ser feita em 60 dias.

"O processo criminal contra o juiz foi iniciado sob a acusação de ter aprovado conscientemente algo que vai contra a lei", disse o Procurador de Kiev Yevheniy Blazhyvsky.

Adaptado de: http://en.rian.ru/world/20081012/117689660.html

sábado, 11 de outubro de 2008

Notícias 11/10

Discreto político finlandês ganha Prêmio Nobel da Paz

Ex-presidente Martti Ahtisaari atuou como mediador em conflitos

O Comitê do Nobel da Paz atribuiu o prêmio deste ano a Martti Ahtisaari, ex-presidente da Finlândia, que há décadas trabalha pela paz adotando uma diplomacia prudente e silenciosa na Ásia, África e Europa. De acordo com o Comitê, entre as 197 pessoas indicadas ao prêmio, Ahtisaari foi escolhido "pelo seu importante trabalho em diversos continentes há mais de três décadas para a solução de conflitos".

Ahtisaari teve um papel crucial na solução de conflitos que se enraizaram no fim do século 20 e ameaçaram explodir no início do 21. O Comitê do Nobel mencionou especificamente o trabalho para pôr fim ao domínio sul-africano na Namíbia, que durou dos anos 70 até o fim da década de 90, e também os seus esforços de paz na província indonésia de Aceh, em Kosovo, na Irlanda do Norte, na Ásia Central, no Chifre da África e, mais recentemente, no Iraque.

noticia completa aqui

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França diz que Rússia não cumpriu cessar-fogo total com Geórgia

GORI, Geórgia (Reuters) - A Rússia não cumpriu integralmente os termos do cessar-fogo assinado com a Geórgia, afirmou nesta sexta-feira o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, colocando em dúvida a retomada das negociações sobre uma parceria entre os russos e a União Européia (UE).


notícia completa aqui
Corte de Kiev suspende decreto Presidencial que dissolve parlamento

O decreto do Presidente Yushenko foi suspenso por decisão da Corte de Kiev. A situação política da Ucrânia se deteriora rapidamente.

http://en.rian.ru/world/20081011/117683285.html

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Guia de Estudos do Comitê no ar

O Guia de Estudos do Comitê já está disponível aos senhores no site!

Entrem em http://www.onujr.com/OTAN.html e procurem pelo link no menu lateral.

Espero que gostem de lê-lo o quanto que gostamos de fazê-lo!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Presidente da Ucrânia dissolve parlamento e convoca eleições

O Presidente Viktor Yushenko num discurso em TV anunciou a dissolução do parlamento e a convocação de mais uma eleição geral (a terceira em menos de 3 anos).

A aliança formada durante a revolução laranja se desfez por completo, segundo Yushenko por culpa da Primeira-Ministra Yulia Timoshenko e sua "sede por poder".

É preciso ficar atento aos eventos na Ucrânia pois grande partes das divisões internas vem de políticos pró e contra Rússia (e, obviamente, pró e contra ocidente).

http://en.rian.ru/world/20081009/117604306.html

e
http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/7660058.stm


Tropas russas completam retirada da Buffer Zone na Geórgia

A forças russas completaram a retirada da Buffer Zone ao redor da Ossétia do Sul dois dias antes da deadline. O acordo previa a retirada das forças até 10 dias depois da chegada de pelo menos 200 observadores da UE, os observadores chegaram no dia 1 de Outubro.

http://en.rian.ru/world/20081008/117600495.html


Nações Unidas aceitam pedido Sérvio para decidir a questão de Kosovo na CIJ

A Assembléia Geral votou em favor do pedido Sérvio de que a legalidade da independência de Kosovo seja julgada pela Corte Internacional de Justiça. No entanto o Primeiro-Ministro de Kosovo afirmou que a Independência da província é uma realidade e que não existe nada que Belgrado pudesse fazer para reverter isto.

http://en.rian.ru/world/20081008/117599218.html

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Líderes da Rússia e da Alemanha discutem a questão georgiana em São Petersburgo

O presidente Dmitry Medvedev e a Primeira-Ministra Angela Merkel se reunirão nesta quinta-feira para discutir, entre outros assuntos, a questão do Cáucaso.

http://en.rian.ru/world/20081001/117368675.html


Somália reconhecerá em breve a independência da Abkházia e da Ossétia do Sul


O embaixador Somali em Moscou afirmou que seu país deve iniciar os processos legais para estabelecer relações diplomáticas com as duas províncias separatistas. Até agora só Nicarágua e Rússia reconheceram formalmente as independências.

O embaixador Mohamed Handule afirmou ainda que a Somália deve buscar uma maior cooperação tecnológica e militar com Moscou.

http://en.rian.ru/world/20081001/117366498.html

terça-feira, 30 de setembro de 2008

RIA Novosti: Serbia's Tadic admits Kosovo split option

BELGRADE, September 30 (RIA Novosti) - Serbia's president said on Tuesday he would not rule out dividing Kosovo into Albanian and Serbian parts if all other options to keep the disputed state within Serbia fail.

Speaking on the national RTS TV channel, Boris Tadic mentioned the idea of splitting the province along ethnic lines, an option previously suggested only by political commentators.

"I am ready to consider this option if we exhaust all others, which however are enough for finding a solution to fix the status of autonomy for the region," he said.

Kosovo unilaterally declared its independence in February and has been recognized by 47 of the 192 UN member states.

Tadic said, however, that currently the division of Kosovo is not on the agenda, and that Serbia is ready to continue its diplomatic struggle to preserve national territorial integrity.[...]

Continua aqui

Abraços!

sábado, 27 de setembro de 2008

Rússia - Líder ordena renovação militar

Estado de prontidão constante para combate vai incluir ampliação também
do arsenal nuclear


A Rússia vai construir novos escudos de defesa espacial e antimíssil e vai colocar suas Forças Armadas em permanente estado de alerta para combate. Numa escalada abrupta da retórica militar, o presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou as medidas ordenando ainda uma renovação do sistema nuclear e um planejamento para reorganizar totalmente as Forças Armadas até dezembro.

O líder disse que a Rússia deve modernizar suas defesas nucleares em oito anos, plano que inclui a criação de um sistema de defesa aérea e espacial. As medidas colocam a Rússia numa nova corrida armamentista com os Estados Unidos, que enfureceram Medvedev ao tentarem estabelecer um escudo antimíssil na Europa. Os EUA argumentam que o escudo é dirigido a países perigosos como o Irã, mas o Kremlin está convencido de que sua segurança está ameaçada.

Medvedev disse para os comandantes militares que todas as formações de combate precisam ser melhoradas para a categoria de prontidão permanente até 2020. Acrescentou que a Rússia iria começar uma produção em massa de navios de guerra, cruzeiros nucleares com mísseis e submarinos.

– Um sistema nuclear garantido e pronto para várias circunstâncias militares e políticas deve estar pronto até 2020 – urgiu.

As tensões com o Ocidente atingiram um novo patamar desde a guerra da Rússia com a Geórgia, no mês passado. Medvedev alertou a comandantes militares que o conflito revelou que uma "guerra pode surgir de repente e ser absolutamente real".

Os investimentos militares foram anunciados enquanto a Rússia luta contra a entrada da Geórgia e da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A aliança militar vai considerar os pedidos de adesão das antigas nações soviéticas em dezembro.

– Esta apenas é uma jogada estratégica contra o Ocidente. A audiência interna russa ficará bastante impressionada, mas não o Ocidente – minimizou o coronel Marcel de Haas, especialista em segurança russa no Instituto Holandês de Relações Internacionais.

Moscou também declarou abertamente sua ambição de ser um rival dos EUA na América Latina na quinta-feira, quando o primeiro-ministro Vladimir Putin prometeu vender tecnologia nuclear para a Venezuela.

Ontem, Medvedev se encontrou com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em Orenburg. O líder publicou uma declaração chamando a sua relação com o companheiro latino de uma forma de contabalancear a influência de Washington, e acrescentou que a Venezuela deseja uma maior presença russa na região.

– Estamos prontos para considerar oportunidades para cooperar no uso de energia atômica – Putin disse à Chávez, em Moscou. – A América Latina está se tornando um elo importante do mundo multipolar emergente. Nós prestaremos mais atenção a essa área da nossa economia e política externa.

O anúncio de assistência atômica certamente preocupará os EUA. Moscou já irritou Washington ao entregar urânio enriquecido ao Irã para sua estação de energia, o que gerou a preocupação de que Teerã esteja construindo secretamente uma bomba nuclear.

Chávez há muito tempo cobiça seu próprio programa de energia nuclear, mas insiste que não deseja construir uma bomba atômica.

– Hoje, como nunca antes, tudo que você (Putin) disse sobre o mundo multipolar está se tornando realidade. Não percamos tempo. O mundo está se desenvolvendo rapidamente geopoliticamente – disse Chávez ao líder russo.

Navios russos zarparam na segunda-feira para manobras no Caribe. O exercício será atentamente acompanhado pelas Marinhas ocidentais, por ser a primeira mobilização russa desse tipo – tão próxima da costa dos EUA – desde o fim da Guerra Fria.

Medvedev disse que os exercícios navais em conjunto com a Venezuela demonstram a natureza estratégica da relação entre os dois países. O presidente russo também anunciou o empréstimo de US$ 1 bilhão à Venezuela para comprar armamento russo.

Chávez já gastou US$ 4,4 bilhões desde 2005 em acordos com a Rússia para comprar jatos, tanques e rifles. Os dois países também estreitaram relações entre a Gazprom da Rússia e a empresa estatal de petróleo da Venezuela para criar um consórcio de petróleo e gás.

A Venezuela é o nono maior produtor de petróleo do mundo e um grande fornecedor para os EUA, enquanto a Rússia é a segunda maior exportadora e tem um quarto das reservas globais de gás. Chávez disse que a união forma o maior consórcio de petróleo do mundo.

Retirado de: http://www.defesanet.com.br/ru1/power.htm

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Clima de Guerra Fria

Para a nossa geração, a primeira geração do pós-Guerra Fria, entender o que foi este conflito é, as vezes, muito complicado. A percepção de que o mundo estava às portas da aniquilação total é muito vazia nas páginas dos livros de história.

Para entender a racionalidade por trás dos gigantescos esforços para manter as relações diplomáticas entre Moscou e Washington a um nível aceitável é preciso entender como eram estas relações durante a Guerra Fria. Para tentar transportar vocês para o clima da Guerra Fria lhes apresento a primeira parte de um documentário americano. O documentário (em inglês) se chama First Strike e foi feito por volta do fim da década de 70, começo da de 80, e mostra a preocupação dos EUA com a relativa obsolescência dos seus sistemas de armamentos nucleares estratégicos em face de um ataque maciço soviético. Mostrando que, no ponto em que se encontrava a paridade de forças nucleares entre as duas superpotências, os EUA estariam vulneráveis a um ataque surpresa soviético.

A primeira parte do documentário é uma simulação do que aconteceria no sistema de defesa dos EUA caso eles fossem atacados.



O resto é um grande debate entre especialistas que apontam as falhas e propõem soluções para a tal “vulnerabilidade” dos EUA.





Mas o mais importante ao assistir estes documentários é perceber que o período da Guerra Fria foi um período de extrema paranóia e medo constante. Os debates falam principalmente em sobrevivência, explicitamente dos EUA, mas na prática da humanidade. A nós só cabe imaginar como era viver sob a sombra de uma guerra nuclear. Mas é preciso lembrar que, os diplomatas de hoje, os decisiomakers de hoje, se lembram muito bem de como era a Guerra Fria e, portanto, suas decisões e ações estão fortemente apoiadas em evitar que este clima volte a reinar no mundo.

É claro que precisamos fazer algumas ressalvas, a Guerra Fria em si não retornará. O comunismo ruiu, a Rússia é hoje, na medida do possível, uma democracia e não existe um motivo ideológico que coloquem Rússia e EUA em posição de inimigos naturais. A Rússia não é mais uma superpotência e não persegue ativamente em sua agenda minar a influência americana no mundo (com exceção óbvia das suas próprias áreas de influência). Os esforços para erradicar a sombra da Guerra Fria são notáveis e justificados. Mas ao mesmo tempo as armas nucleares não sumiram. Elas não foram enviadas para o limbo da historia assim como a URSS. Os mísseis Minuteman III na base aérea de Vanderberg, Califórnia estão tão ativos hoje quanto há 20 anos atrás. Os Topol-M russos também. O fim da Guerra Fria foi RUIM para o regime de controle de armamentos nucleares. A falta de uma guerra à vista tornou o controle destes armamentos pouco importante aos olhos dos decisionmakers e da opinião pública em geral.

Neste sentido, caso o antagonismo entre Washington e Moscou chegue aos níveis presentes durante a Guerra Fria é racional afirmar que a aura de medo e paranóia pode voltar a reinar. É claro que ambos devem buscar sempre cumprir e satisfazer seus interesses nacionais. Essa é a natureza do Estado. No entanto aos delegados é preciso ter em mente que paralelamente á perseguição dos objetivos nacionais é preciso ter a percepção de que este filme, antagonismo entre Moscou e Washington, o mundo já assistiu e não gostou do que viu.

Espero que este pequeno filme tenha passado aos senhores uma pequena noção do que foi a Guerra Fria e que os seus ecos ainda deixam marcas profundas na relação entre EUA e Rússia e, por conseguinte, OTAN e Rússia.

sábado, 20 de setembro de 2008

OTAN planeja força de reação rápida para conter agressão russa.

Washington, 19 de Setembro. Os Ministros de Defesa da OTAN concordaram numa reunião em Londres na criação de uma força de reação rápida para ser enviada a um país que se sinta ameaçado pela Rússia.

"A força a ser desdobrada seria pequena, leve e de natureza defensiva," afirmou o Los Angeles Times citando um alto funcionário dos EUA não identificado.

Mais em (inglês): http://en.rian.ru/russia/20080920/116990592.html

sábado, 13 de setembro de 2008

Funcionamento de um Sistema ABM


Vídeo de propaganda feito pela Força Aérea dos Estados Unidos na década de 70, explica como funciona um sistema de interceptação de Mísseis Balísticos inimigos (ABM). Em inglês.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Potenciais conflitos na Rússia/Ex-URSS

A BBC divulgou hoje uma matéria muito interessante onde ela coloca em destaque alguns nós ainda a desatar no território da extinta União Soviética. Com um mapa e informações objetivas ele dá um panorama geral das questões que ainda podem ser foco de problema com Moscou (como a Trans-dniestra, Nagorno Karabakh e as Ilhas Kurilas).

Mais em (inglês): http://news.bbc.co.uk/2/hi/7596169.stm

Rússia sugere discussão informal no CSNU com a Ossétia do Sul e a Abkhazia.

A Rússia considera impossível manter discussões acerca da extensão do mandato da UNOMIG sem escutar todas as partes envolvidas, o que significa na prática obrigar as Nações Ocidentais a sentar na mesa de negociações com Abkházia e Ossétia do Sul sob o perigo de não renovar o mandato da UNOMIG.

Mais em: http://en.rian.ru/world/20080909/116657224.html

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ex-premiê Soviético critica a expansão da OTAN

O ex-premiê da União Soviética Mikhail Gorbachev afirmou que a tentativa da OTAN de trazer a Ucrânia e a Geórgia para a organização visa isolar a Rússia.

"Porque a OTAN precisa destes países? Para lutar contra o Irã? Isso é simplesmente ridículo" disse Gorbachev.

Mais em: http://en.rian.ru/russia/20080908/116627355.html

Rússia afirma que cortará relações com a OTAN se a Geórgia entrar no MAP

Dmitry Rogozin disse ao RIA Novosti que, caso a OTAN extenda o MAP à Geórgia a OTAN estaria se aliando a um agressor. "Uma coisa é fazer muito barulho por um protegido [Mikheil Saakashvili, presidente da Geórgia], outra bem diferente é dar abrigo à um Estado agressor. Nestas circunstâncias não existe possibilidade de cooperação", afirmou Rogozin.

Mais em: http://en.rian.ru/world/20080908/116623066.html

Nicarágua reconhece a Abkházia e a Ossétia do Sul

O Presidente Daniel Ortega afirmou que: "A Nicarágua reconhece a independecia da Ossétia do Sul e da Abkházia e apóia totalmente a posição do governo russo".

Mais em: http://en.rian.ru/world/20080906/116590791.html

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Por hoje é só pessoal.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Notícias - 4 de Setembro

Conflito com a Geórgia vai sair caro à Rússia

O conflito com Tiblissi vai sair caro a Moscovo. É, pelo menos, a convicção do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Inglaterra. David Miliband diz que a Rússia vai sofrer política e economicamente as consequências da intervenção militar Geórgia, apesar dos ganhos a curto prazo para os russos.

Conteúdo completo aqui

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Rússia e Geórgia cortaram relações diplomáticas

A Rússia e a Geórgia cortaram relações diplomáticas e encerraram as respectivas embaixadas nas capitais contrárias, numa altura em que, apesar dos acordos assinados, o exército russo continua a ocupar posições em solo georgiano e os militares da Geórgia procuram desminar zonas do país que já não estão sob controlo da Rússia.

Conteúdo completo aqui


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UE busca reforçar a unidade frente à Rússia antes de uma reunião crucial

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Cheney apóia entrada da Geórgia na Otan e critica Rússia

TBILISI (AFP) — O vice-presidente americano Dick Cheney manifestou nesta quinta-feira o apoio de seu país à adesão da Geórgia à Otan e criticou a Rússia, em uma rápida visita à antiga república soviética, abalada pelo recente conflito bélico com Moscou.

Conteúdo completo aqui

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Ex-repúblicas soviéticas apóiam papel da Rússia na Geórgia

MOSCOU (AFP) — Os ministros das Relações Exteriores das seis ex-repúblicas soviéticas apoiaram nesta quinta-feira o papel da Rússia no conflito com a Geórgia, mas não chegaram a reconhecer a independência das regiões separatistas georgianas.

"Os ministros apóiam o papel ativo da Federação russa nos esforços pela paz e a cooperação no Cáucaso", afirmou uma declaração adotada pelos chanceleres da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), um bloco regional.

Conteúdo completo aqui

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Abraço, meus caros!

Diretor: Igor Mendes

Olá, caros delegados!

Meu nome é Igor Mendes e, embora esteja geograficamente distante - resido em Belo Horizonte, estou totalmente disponível para sanar suas dúvidas, assim como os outros diretores.
Para isso, o canal mais apropriado é o uso do email do comitê, cujo endereço é otan@onujr.com .
Não se preocupem, uma vez que eu recebo avisos no meu email pessoal toda vez que aparece algo novo na Caixa de Entrada do email do comitê. Logo, vocês não aguardarão mais do que 24 horas por uma resposta para, pelo menos, haver um primeiro esclarecimento de suas dúvidas.

O Guia de Estudos
Leitura absolutamente obrigatória. Na verdade, é a parte mais divertida de tudo o que vocês devem ler antes da simulação. Foi escrito com muitas referências e com uma linguagem formal, mas absolutamente clara e precisa. Sugiro fortemente que todos os links contidos no documento sejam explorados, porque em todas as referências virtuais havia muito mais conteúdo do que o aproveitado para compor o Guia.

Notícias
Meu método de postagem difere um pouco do utilizado pelo JP. Sempre que possível, vou postar umas 4 ou 5 notícias, preferencialmente em português - mesmo que de Portugal, mas apenas um trecho delas ficará no blog. Postarei apenas um ou dois parágrafos quaisquer que julgar importantes e um link para a notícia completa, de forma a expor o conteúdo da notícia de forma mais ou menos clara mas conseguir fornecer muita informação sem inundar o blog com textos que vocês podem acessar em outros pontos da Internet.

Vídeos
Gosto de postar vídeos. Discursos das principais figuras envolvidas nas questões da OTAN e da Rússia, equipamento militar, imagens de conflitos, tudo isso estimula o estudo e aproxima os delegados do conteúdo estudado.

Amostra:

Míssil balístico russo Topol-M, sendo lançado de um veículo militar.

Meus caros, um grande abraço e bons estudos! Contem com os diretores para esclarecer dúvidas e discutir pontos que acharem pertinentes. Nosso papel não é julgar o trabalho de vocês, mas ajudá-los a ter o melhor desempenho possível.

Novidades: Geórgia e Kosovo

Rússia procura por observadores imparciais para enviar à Ossétia do Sul.

Traduzido de: http://en.rian.ru/russia/20080904/116559674.html

Moscou, 4 set. (RIA Novosti) - O Ministro das Relações Exteriores da Rússia apelou nesta quinta pela implantação de observadores "imparciais" na Ossétia do Sul.

"A coisa mais importante é proporcionar um monitoramento internacional imparcial da zona tampão da Ossétia do Sul", disse Sergei Lavrov após conversações com seu contraparte italiano, Franco Frattini.

Lavrov acrescentou que também seria necessária se certificar de que o regime do Presidente georgiano Mikheil Saakashvili honrou os seus compromissos, incluindo a não usar força.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Andrei Nesterenko, acusou a Geórgia na quarta-feira de não ter honrado o seu compromisso de retirar as tropas no âmbito do plano de paz Medvedev-Sarkozy.

"Tropas georgianas deveriam ter regressado às suas posições. Infelizmente, não vimos isso", disse Nesterenko. "Em vez disso, temos vindo a assistir a um aumento na atividade de redistribuição e equipagem das tropas georgianas".

Frattini anunciou que a questão da criação de uma missão internacional de manutenção da paz na Ossétia do Sul será debatida na sexta-feira em uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Avignon, França.

"A reunião, que terá lugar amanhã, em Avignon, é muito importante porque ele vai determinar as datas e condições para o lançamento desta missão", disse o diplomata italiano.

Vladimir Titov, vice-ministro das Relações Exteriores russo, e embaixador dos EUA para Moscou John Beyrle se reuniram mais cedo nesta quinta-feira a debater a situação no Cáucaso, incluindo
"a implantação, no âmbito da OSCE de observadores militares e policiais para a zona tampão".

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CSTO apóia as ações russas para a Ossétia do Sul, condenando a Geórgia


Traduzido de: http://en.rian.ru/world/20080904/116549751.html

Moscou, 4 de Set. (RIA Novosti)
. Ministros das Relações Exteriores dos membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (Collective Security Treaty Organization, CSTO) condenaram, nesta quinta-feira, o ataque georgiano à separatista Ossétia do Sul e apoiaram a contribuição da Rússia para a paz da região.

"Nós viemos em apoio ao papel ativo da Rússia na contribuição para a paz e cooperação na região", disse o Ministro das Relações Exteriores da Armênia, Edvard Nalbandyan, citando o pronunciamento conjunto.

A
Organização do Tratado de Segurança Coletiva é um grupo baseado na segurança que compreende Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Uzbequistão e Tadjiquistão.

O pronunciamento dos ministros evidenciou o perigo de se aumentar o desdobramento militar no Cáucaso e de se tentar resolver conflitos pelo uso da força.

Os ministros também defenderam uma rigorosa implementação do plano de paz Medvedev-Sarkozy de modo a "coibir novas tentativas de se usar a força para solucionar o conflito e assegurar paz e estabilidade na região."

Os chefes do conselho de segurança da CSTO se reuniram terça-feira em Yerevan, Armênia. Eles apoiaram uma proposta russa para impor um embargo de armas à Geórgia. [...]


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Presidente Sérvio diz que irá se encontrar com líder kosovar somente para discutir o status

Traduzido de: http://en.rian.ru/world/20080904/116557917.html

Belgrado, 4 de Set. (RIA Novosti) - O Presidente Sérvio Bóris Tadjic irá se encontrar com o líder kosovar Fatmir Sejdiu somente para conversas sobre o futuro status da região, afirmou o serviço de imprensa do Presidente Sérvio nesta quinta.

"O encontro entre o Presidente Boris Tadjic e Sejdiu é possível no único formato de novas conversações sob a égide da ONU sobre o futuru status da nossa província de Kosovo e Metohja," disse o serviço.

O pronunciamento veio horas depois de Sejdiu reiterar sua vontade de encontrar com Tadjic sob a condição de que a independência de Kosovo não seja parte das discussões. [...]

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

OTAN-Rússia: retorno do grande jogo

Traduzido de: http://en.rian.ru/analysis/20080829/116378965.html

Moscou. (RIA Novosti correspondente militar Ilya Kramnik) - Depois da dissolução da União Soviética, muitos intelectuais do Ocidente e da Rússia anunciaram "o fim da história". Parecia que a completa dominação do mundo pelos Estados Unidos não foi contestada por ninguém.

A década posterior, durante a qual a Rússia perdeu suas posições de política externa, e até mesmo seus antigos satélites e províncias que se tornaram aliados dos EUA e da OTAN, parecia ter confirmado esta ideia.

O primeiro sinal de que a situação poderia mudar chegou em 11 de setembro de 2001, quando de repente transpareceu que a dominação a dos EUA não garantia à Washington absoluta segurança. Além disso, pela primeira vez desde o colapso da União Soviética, os Estados Unidos tiveram que negociar, a fim de garantir a lealdade dos seus aliados. Com o início do conflito iraquiano, a dominação dos EUA foi posta em cheque ainda mais abertamente, apesar dos evidentes sucessos no espaço pós-soviético como a admissão dos países bálticos na OTAN e a permissão para usar bases na Ásia Central.

A segunda metade da primeira década do novo século viu uma nova tendência. A consolidação da Rússia, balizadas por uma boa situação econômica e estabilização política, levantando a questão das esferas de influência, pelo menos no espaço pós-soviético e da Europa Oriental. Muitos analistas viram a série de revoluções coloridas que se espalham por todo o espaço pós-soviético como a renúncia definitiva de resolução pacífica de conflitos entre a Rússia e o Ocidente, mas isso não foi verdade - Rússia não desistiu de tentativas para chegar a termos com governos pró-americanos.

As questões de Defesa de Mísseis e o problema de Kosovo revelou os obstáculos das relações Leste-Oeste. O Ocidente ignorou abertamente a posição da Rússia, e esta foi obrigada a evocar resposta. Rússia teve de enfrentar confrontos militares e resolver litígios dentro da de acordo com seus interesses, sem olhar para o Ocidente.

Quase tão rapidamente quanto Mikheil Saakashvili chegou ao poder, muitos observadores começaram a ver a Geórgia como o mais provável cenário de um conflito armado com a Rússia. Todos os pré-requisitos para isto estiveram no local - os conflitos da Geórgia com a Abcásia e a Ossétia do Sul, a presença de muitos cidadãos russos nestas repúblicas, e aberta da vontade de Tbilisi de subjugar o território rebelde.

Não há necessidade de descrever a história dos cinco dias de guerra novamente. Seu principal resultado geopolítico não é o reconhecimento da Abkházia e da Ossétia do Sul, mas a retomada da confrontação política entre a Rússia e o Ocidente. Aonde isso pode nos levar?

Ninguém deseja uma solução militar para o conflito, o que poderia ser fatal para o mundo inteiro. Ambos os lados terão de provar os seus pontos por meios políticos e econômicos. A integração da Rússia na economia mundial ao longo dos últimos 15 anos tem conduzido a uma situação em que o Ocidente não pode infligir sérios danos a nós sem ferir-se na mesma medida, se não mais.

Como resultado, a Rússia tem como principais lobistas para os governos ocidentais as empresas ocidentais, para os quais uma desavença com o vizinho oriental poderia ser financeiramente ruinosa.

Para além do petróleo e do gás, eu poderia citar acordos sobre o fornecimento de peças sobressalentes de titânio para os maiores construtores de aeronaves do mundo, o mercado russo para os automóveis e outros hardwares, e muitas outras esferas onde o cessar de uma cooperação econômica irá causar danos substanciais aos interesses ocidentais.

E há interesses políticos, bem como financeiros, que seriam danificados por confronto com a Rússia. Espaço cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos, o corredor aéreo concedido pela Rússia para a OTAN os vôos para o Afeganistão e alguns outros programas, não tão óbvios como petróleo e gás, são demasiado importantes para serem postos em perigo devido ao reconhecimento de Moscou da Abkházia e Ossétia do Sul.

Como será um confronto global agora? É evidente que o ponto de não retorno já foi ultrapassado. A Rússia não está disposta a renunciar às suas posições, como fez na década de 1990. O Ocidente pode estar indignado, mas ele terá de enfrentar a realidade - tornou-se demasiado perigoso correr os riscos.

Uma revisão dos valores é inevitável. As categorias de peso dos agentes políticos serão revistas, e muitos países que tinham sido vistos como sujeitos virão a ser vistos como objetos - moeda de troca em um grande jogo das potências. As suas elites não irão receber bem esta mudança. Esta é a razão pela qual alguns Estados do Leste Europeu e países bálticos rapidamente manifestaram o seu apoio incondicional à Geórgia.

Onde tomará lugar a próxima rodada de confrontos? É difícil prever com certeza, mas é provável que seja na Ucrânia, onde não só o destino da Frota do Mar Negro, mas também a influência da Rússia no Leste Europeu está em jogo. Esta rodada será sangrenta. De qualquer forma, gostaria de esperar que a Ucrânia não vá expulsar a Frota do Mar Negro da Criméia na força.

No entanto, o confronto propagandístico será muito mais intenso do que na Geórgia. Um evento mundial não é o em que 10000 participam, mas o que está sendo filmado por 10 câmeras de TV.

As opiniões expressas neste artigo são as do autor e não representam necessariamente as da RIA Novosti.

Blog oficial do Conselho OTAN - Rússia do VI ONU Jr.

Senhores delegados,

Está oficialmente criado o blog do Conselho OTAN-Rússia do VI ONU Jr. Aqui serão colocadas dicas de estudo, matérias e links para aprofundar o processo de aperfeiçoamento acadêmico dos delegados.

É fácil perceber como a situação entre Moscou e a Aliança Atlântica muda diariamente. Desde a Guerra da Ossétia do Sul as interações entre estes dois atores tomam novas formas a todo instante. Para complementar o nosso guia de estudo criamos este blog, evitando assim que as informações disponíveis aos Srs. sejam obsoletas.

Esperamos por todos em Novembro!!!