sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Entrevista com Dmitri Rogozin parte 2 de 2

Revista VEJA, 24 de Setembro de 2008

A Rússia anunciou que vai fazer, ainda neste ano, manobras navais com a Venezuela, as primeiras no Caribe desde o fim da Guerra Fria. Na semana passada, aviões russos já realizaram exercícios militares na região. Trata-se de uma resposta ao escudo antimíssil e à presença da OTAN no Mar Negro?

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia informou que a decisão de mandar uma esquadra para a Venezuela precede o conflito com a Geórgia. Quanto às relações entre a Rússia e a OTAN, de fato não estão muito boas. Esperávamos uma posição mais clara e sincera da organização sobre os assuntos no Cáucaso. Se a Otan mantiver a ajuda militar, política e moral às agressões da Geórgia contra os pequenos povos do Cáucaso, não poderemos considerá-la nossa parceira.

Isso pode significar o início de uma nova Guerra Fria entre a Rússia e o Ocidente?
Graças a Deus, não acredito que possa começar uma nova Guerra Fria. A Rússia não tem interesse nisso e espero que nossos parceiros também não. Mas, se a OTAN quiser continuar a existir, terá de se modificar. A OTAN (criada após a II Guerra Mundial para fazer frente à União Soviética) não pode continuar sendo uma aliança em bloco como é hoje. Devemos neutralizar todos os esforços para a manutenção na Europa das linhas vermelhas (uma fronteira estratégica traçada por Moscou após o fim da União Soviética, englobando países de sua esfera de influência). Se não houver uma relação muito estreita entre a Rússia e os europeus, não se poderá construir a paz a longo prazo. Os russos sempre serão obrigados a manter uma postura defensiva em relação ao Ocidente.

O senhor comparou Saakashvili a Gavrilo Princip, o sérvio que matou o arquiduque da Áustria, em 1914, dando início à I Guerra Mundial. Não é um exagero retórico?
Até recentemente, pensávamos que éramos capazes de evitar conflitos na Europa. Agora, não podemos mais ter essa certeza. Os acontecimentos na Geórgia demonstraram que uma única pessoa pode destruir o mundo. A arquitetura da paz construída após a II Guerra Mundial não existe mais. Há que se discutir um novo caminho para garantir a tranqüilidade no continente.

Quando começou o conflito na Geórgia, os Estados Unidos ameaçaram dificultar a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC). Essa possibilidade preocupa os russos?
Neste momento, a entrada na OMC não é o objetivo principal da Rússia. Tudo depende das condições impostas para o nosso ingresso. Está claro que as condições para a nossa entrada na OMC não são as mesmas exigidas de outros países. Há aí um exemplo da discriminação contra nós. De qualquer forma, nossos produtos mais importantes são petróleo e gás natural. Como não temos concorrentes nesse setor, não ser aceito na OMC está longe de representar um grande problema para a Rússia. Podemos esperar.

Numa reunião de emergência, no início do mês, os governantes da União Européia decidiram não impor sanções contra a Rússia, como punição pela guerra na Geórgia. O que isso revela sobre as relações entre a Europa e a Rússia?
Uma parte da Rússia está e sempre estará dentro da Europa. Não é mais possível dividir a Europa em duas partes. A Rússia tem relações econômicas profundas com a União Européia. Por isso, medidas-bumerangue, que vão e voltam com a mesma intensidade, não podem ser lançadas contra nossos interesses. Eventuais sanções contra a Rússia seriam sanções contra a própria Europa.

A União Européia parece ter medo de que a Rússia corte o fornecimento de gás natural para os países do bloco.
Nós não podemos retaliar ninguém no campo das relações energéticas, porque, da mesma forma que a Europa é dependente do petróleo e do gás natural da Rússia, nós dependemos dos europeus para que comprem esses produtos. Como partilhamos interesses, a Rússia jamais discutirá o problema nesses termos.

As relações de seu país com a OTAN foram suspensas, mas a Rússia manteve a cooperação com a aliança no Afeganistão. Por quê?
Porque no Afeganistão temos uma ameaça que é o movimento talibã. Como o terrorismo fundamentalista também preocupa a Rússia, o talibã é um inimigo comum.

Por que é tão ruim para a Rússia que a Ucrânia ou a Geórgia entrem na OTAN?
No caso da Ucrânia, é preciso deixar claro, antes de mais nada, que o povo não quer a entrada do país na aliança militar ocidental. As pesquisas de opinião mostram que 70% da população é contra. Seria, portanto, uma decisão antidemocrática. Para nós é ruim porque a Ucrânia e a Rússia são partes de uma mesma família. Temos uma ligação histórica, de um povo dividido em dois países. Por isso, Ucrânia e Rússia não podem estar em diferentes blocos. Ou ingressamos ambos na Otan, ou nenhum dos dois entra. Além disso, a Rússia tem uma base naval em Sebastopol, na Criméia. Em 1997, fizemos um acordo com a Ucrânia para manter a base ali. Sebastopol serve ao mesmo tempo como uma base e uma cidade russa. Ninguém pode imaginar o destino do lugar sem a presença da nossa frota. Quanto à Geórgia, Saakashvili organizou um referendo há oito meses para decidir sobre a entrada na Otan, mas sem a participação da população da Ossétia e da Abkházia. Oficialmente, 70% votaram a favor da Otan. A verdade é outra, porque o referendo não contou com o voto de metade do povo georgiano. Os ossetas e os abkhazes também não querem entrar na aliança ocidental. Para completar, na Otan há uma regra: é proibido convidar países com disputas territoriais internas para participar da organização.

Quem manda na Rússia: o primeiro-ministro Vladimir Putin ou o presidente Dimitri Medvedev?
Ninguém conhece, de maneira profunda, as relações existentes entre Medvedev e Putin. São amigos e, por isso, teremos a continuação da política elaborada por Putin. Medvedev é jovem, inteligente e tem suas próprias opiniões sobre política interna e externa. O caminho que o país está seguindo, no entanto, é o da política de Putin. Pode-se dizer que Medvedev é um pouco mais moderado, pelo menos na maneira de administrar as coisas.

Uma reportagem do jornal americano The New York Times diz que o senhor tinha um retrato de Stalin em seu escritório em Bruxelas. Em uma visita aos Estados Unidos, o senhor o teria dado de presente ao ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger.
Essa foi uma piada que o repórter do jornal levou a sério. Eu tenho no meu escritório retratos de Putin, Medvedev e do ministro das Relações Exteriores de meu país. Nunca dei nenhum retrato de Stalin a Kissinger.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Entrevista com Dmitri Rogozin parte 1 de 2

Revista VEJA, 24 de Setembro de 2008

O embaixador da Rússia junto à OTAN diz que a Geórgia começou a guerra na Ossétia do Sul e acusa os Estados Unidos de estarem por trás da instabilidade no Cáucaso



Ao aceitar a indicação para ser embaixador da Rússia junto à OTAN, posto que assumiu e janeiro deste ano, Dimitri Rogozin, de 44 anos, parecia destinado a sumir do noticiário. Em seu país, ele fazia barulho fundando e liderando partidos ultranacionalistas, um dos quais banido das últimas eleições parlamentares por veicular na TV uma propaganda ofensiva contra imigrantes. A invasão da Geórgia pela Rússia, no mês passado, deu a Rogozin a oportunidade de exibir novamente seu estilo ácido defazer política – ou, no caso, diplomacia. Quando a OTAN, liderada pelos Estados Unidos, mandou navios com ajuda humanitária para as vítimas do conflito, ele soltou uma das suas contra o presidente da Geórgia: “Estão levando papel higiênico para o presidente Mikhail Saakashvili”. A confusão no Cáucaso deve se estender. Há duas semanas, a Rússia anunciou que vai manter, por tempo indeterminado, 7600 soldados na Ossétia do Sul e na Abkházia, regiões separatistas do país visinho. Rogozin concedeu a seguinte entrevista a VEJA, de seu escritório em Bruxelas, na Bélgica:


A guerra na Geórgia foi provocada pela Rússia?
Não. A guerra começou porque a Geórgia quis – e quer – resolver todos os problemas étnicos em seu território com agressões militares. Em abril deste ano, durante uma reunião em Bucareste, na Romênia, os membros da OTAN declararam que a Geórgia e a Ucrânia estavam aptas a integrar a aliança militar ocidental. Essa afirmação deu impulso à tensão no Cáucaso e foi interpretada pelo presidente Mikhail Saakashvili como uma licença para atacar a Ossétia do Sul e assassinar muita gente na região. Saakashvili deve ter pensado que, a partir daquele momento, poderia fazer o que quisesse, sem prestar contas a ninguém. A OTAN tem de admitir sua responsabilidade ao propiciar as matanças perpetradas por Saakashvili.


Duas semanas depois do fim do conflito, Moscou reconheceu a independência da Abkházia e da Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia. A guerra não forneceu um pretexto para uma antiga ambição russa?
Tudo o que aconteceu na Geórgia foi contra a nossa vontade. Não há dúvida de que o surgimento de dois novos países é um processo complicado. Mas ele é irreversível: trata-se da única maneira possível de defesa dos cidadãos da região. Depois da agressão de Saakashvili, todo mundo viu que não se pode conversar com esse senhor da guerra no Cáucaso. Dele, é possível esperar atitudes ainda piores. A independência dos dois ex-territórios georgianos é a condição para a paz.


A Abkházia e a Ossétia do Sul serão incorporados ao território russo?
Não, não e não. Ao contrário, o processo de independência em curso nas duas repúblicas demonstra que a Rússia não tem nenhum desejo de anexar tais territórios.


A Rússia diz que seus soldados entraram na Geórgia para defender os ossetas. O que eles estão fazendo, agora, para impedir a vingança das milícias separatistas contra os georgianos que vivem na Ossétia do Sul?
Não temos conhecimento de tudo o que ocorre na Ossétia do Sul. Mas, com a criação de uma nação livre, poderemos cobrar dos dirigentes da nova república explicações sobre os erros cometidos dentro de seus limites. É por esse motivo que a Rússia tem muito interesse em apoiar o surgimento de democracias fortes na Ossétia do Sul e Abkházia.


O Presidente George W. Bush enviou navios militares ao mar Negro para entregar ajuda humanitária à Geórgia e anunciou um pacote de 1 bilhão de dólares para a reconstrução do país. Como o senhor vê a atuação dos Estados Unidos no episódio?
A maneira como os EUA agiram nas últimas semanas demonstra que o país é um patrocinador militar e político de Saakashvili e de suas agressões contra os ossetas. É uma pena, mas é essa a verdade. Saakashvili é uma figura terrível não só para os cidadãos russos e para os pequenos povos da Ossétia e da Abkházia. Ele é uma figura terrível para o seu próprio país. Durante o seu mandato, a Geórgia corre o risco de perder parte considerável do seu território. Esse é o preço da agressão. A culpa é inteiramente de Saakashvili. Não se pode manter no poder alguém tão irresponsável como ele.


O que representa para a Rússia a decisão dos Estados Unidos de instalar um escudo antimíssil na Polônia, confirmada em um acordo assinado poucos dias depois do fim da guerra?
Trata-se de uma tentativa dos Estados Unidos de criar um problema a mais em nossas fronteiras e neutralizar nossa capacidade nuclear. Por isso é preciso buscar, de nossa parte, uma resposta a essa provocação.


Continua...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Parlamento Tcheco em considerações sobre ratificação do Escudo Anti-Mísseis

A casa baixa do parlamento tcheco iniciou as discussões a respeito da ratificação dos acordos com os EUA concernentes à instalação de um radar no país.

Eles devem decidir de rejeitam de pronto o acordo ou se mantém a discussão em comitês específicos sobre o tema. Se as discussões continuarem o acordo pode ser ratificado já em 2009.

http://en.rian.ru/world/20081029/118017407.html


Rússia ratifica acordos de amizade com Abkházia e Ossétia do Sul

Os tratados de amizade, que já foram mencionados neste blog, foram ratificados pela casa baixa do parlamento russo. Confirmando o alargamento das relações entre Moscou e as duas províncias separatistas da Geórgia.

http://en.rian.ru/russia/20081029/118011845.html

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Geórgia admitiu a Guerra

A oposição questionou as razões para a guerra no domingo, quando audiências parlamentares começaram na Georgia, iniciadas pela comissão de investigação da guerra do último agosto. MP's perguntarão ao poder executivo sobre questões específicas, mas todas as perguntas levam ao mesmo ponto: porque a Georgia moveu suas tropas para a Ossétia do Sul.

sábado, 25 de outubro de 2008

Muitas notícias frescas. Vou separar em tópicos.

Relação entre Ucrânia e Rússia


Ucrânia afirma que Rússia deverá se preparar para deixar a Criméia

Novamente a Ucrânia traz à tona a questão da Frota do Mar Negro. Kiev afirmou que a Rússia deve começar desde já a preparar a retirada de sua frota da base de Sevastopol, já que o processo pode durar até 6 anos. O tratado assinado prevê que a Rússia deverá encerrar sua presença militar na península até 2017.

http://en.rian.ru/world/20081024/117934615.html


Ucrânia afirma que Rússia forneceu armas à Abkházia e Geórgia

A Ucrânia acusou a Rússia de fornecer armamentos tanto à Abkházia quanto à Geórgia antes da guerra de agosto. As acusações foram uma resposta das acusações russas de que a Ucrânia teria fornecido armamentos à Geórgia.

Segundo a Ucrânia, ao contrário da Rússia ao vender armas para a Geórgia a Ucrânia não violou nenhum tratado embargo de armas. Kiev lembrou que existe um embargo de armas contra a Abkházia desde 1992.

http://en.rian.ru/world/20081024/117935966.html


Relações entre EUA e Rússia


EUA impôem embargo ao Exportador de Armamentos Estatal da Rússia

Os EUA impuseram embargo de armas è empresa estatal russa de venda de armamentos, a Rosobonoronexport. A Rosobonexport é a empresa estatal responsável por fazer a mediação entre TODAS as empresas da indústria de armamentos da Rússia e os seus compradores internacionais.

A inclusão da Rosobonexport na lista foi justificada por uma alegada relação com a proliferação de armas de destruição em massa.

A ordem foi assinada no dia 16 de Outubro e entrou em vigor nesta semana e deve durar dois anos. A Rosoboronexport foi incluída numa lista onde figuram Venezuela, China, Coréia do Norte e do Sul, Emirados Árabes Unidos, Sudão, Síria e a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.

A reação dos russos foi bem enérgica. O Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que "Os Estados Unidos introduziram essas sanções sem nenhuma base no Direito Internacionais. Nós levaremos isso em consideração nas nossas relações com os EUA." Ele ainda adicionou: "Se algumas pessoas em Washington acham que isso faria com que a Rússia tivesse uma posição mais amena com relação à posição americana sobre o programa nuclear iraniano, eles estão errados."

Além disso, Moscou afirmou que os EUA estão tentando frustrar o desenvolvimento da indústria de armamentos da Rússia. Eles alegam que é muito estranho que a decisão tenha sido tomada poucos dias depois do anúncio de que as exportações de armamentos da Rússia cresceram 23% nos primeiros nove meses de 2008.

http://en.rian.ru/world/20081024/117923187.html

http://en.rian.ru/russia/20081024/117930567.html


http://en.rian.ru/russia/20081024/117938778.html


Questão da Geórgia


Ajuda para a Geórgia é direcionada também para a Abkházia e a Ossétia do Sul

O Líder do delegação do Parlamento Europeu em Moscou afirmou que toda a ajuda destinada a Geórgia é destinada para todo o território do país, o que inclui, obviamente, a Ossétia do Sul e a Abkházia.

http://en.rian.ru/world/20081025/117948909.html

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Geórgia nega as acusações russas de redisposição de tropas

O MRE da Geórgia negou as acusações russas de que o país teria falhado ao cumprir parte do acordo que terminou a guerra na Ossétia.

http://en.rian.ru/russia/20081023/117920147.html
Geórgia não cumpra compromisso de reposicionamento de tropas

O Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, acusou ontem a Geórgia de não ter cumprido com a sua parte dos acordos que terminaram a guerra na Ossétia do Sul. As forças georgianas deveriam voltar para as suas posições de desdobramento permanente, mas, segundo o Ministro, não foi o que aconteceu. Lavrov criticou ainda a postura dos observadores da União Européia que, segundo ele, teriam "prestado pouca atenção a essas questões".

http://en.rian.ru/russia/20081023/117908756.html


Rússia urge a doadores que verifiquem como a Geórgia usa doações

Moscou pediu aos países doadores que se certifiquem que a Geórgia não use o dinheiro recebido para a sua reconstrução em projetos de rearmamento. Os doadores incluem a Alemanha, Noruega, Letônia, Itália, Ucrânia, os EUA e a UE.

http://en.rian.ru/world/20081023/117908925.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ucrânia critica Ministro Alemão por duvidar da entrada na OTAN

O Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia criticou as afirmações do Ministro alemão Gernot Erler. O Ministro Erler teria afirmado em uma vídeo conferência que a Ucrânia e a Geórgia não estariam preparadas para entrar na OTAN, ele questionou ainda a capacidade dos dois países de contribuir para a segurança da Europa.

Em resposta, o Ministro das RE da Ucrânia afirmou que "ao contrário de alguns países europeus" a Ucrânia participa de todas as missões de peacekeeping sob o comando da OTAN.

http://en.rian.ru/world/20081022/117897830.html

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Reunião da Comissão Ucrânia-OTAN

27 de Agosto de 2008

Texto final: http://www.nato.int/docu/pr/2008/p08-109e.html

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Rússia quer ter presença permanente na base de Defesa Anti-mísseis na Rep. Tcheca

O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia iria retirar suas objeções aos planos norte-americanos de instalar um sistema de Defesa Anti-Mísseis Balísticos na Europa Oriental caso sejam postados observadores russos permanentemente nas bases.

"Somente uma visita não vai mudar nada, mas somente aumentar nossas suspeitas." Afirmou o Ministro.

http://en.rian.ru/russia/20081020/117844298.html

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Abkházia e Ossétia do Sul ganharão status de observadores na União Rússia-Belarus

Os parlamentos da Abkházia e da Ossétia do Sul receberam status de observadores permanentes nas sessões parlamentares da Estado Unido Rússia-Belarus.

O Estado Unido Rússia-Belarus é uma entidade supranacional composta pela Federação da Rússia e a República de Belarus
criado em 1996 com o intuito de promover uma maior "integração econômica, social e política".

http://en.rian.ru/world/20081017/117799425.html


Abkházia afirma que a Rússia não construirá bases novas em seu território

O Ministro das Relações Exteriores da Abkházia afirmou que serão reativadas as antigas bases russas no território abkhaz e que nenhuma nova base será construída. De modo que a base russa será organizada na Base Aérea de Gudauta, onde os peacekeepers russos mantinham seu quartel general.

http://en.rian.ru/world/20081017/117803835.html


Líderes da União Européia não chegam a consenso sobre a Rússia

Nas discussões emergenciais em Genebra as posiçóes dos países europeus sobre a Rússia foi diversa. A França apóia a extensão das negociações e, assim como a Alemanha, parabenizou a Rússia pela retirada completa dos peacekeepers dentro do prazo acordado.

Polônia, Reino Unido, os estados bálticos, Dinamarca, Suécia e República Tcheca consideraram que seria prematuro ampliar as cooperações com a Rússia e sugeriram a continuação do monitoramento da situação no Cáucaso.

Com isso as reuniões foram adiadas até o dia 10 de Novembro.

http://en.rian.ru/analysis/20081017/117809491.html


Cadelinha de Putin ganha sua coleira monitorada por satélite e abana o rabo

Connie, uma Labrador, cadela de estimação do Primeiro-Ministro Vladimir Putin ganhou finalmente sua coleira rastreado por satélite que lhe havia sido prometida no começo do ano.

A simbólica coleira é ligada ao sistema russo Glonass, a versão russa do GPS americano.

"Venha aqui Connie, eu lhe trouxe um presente. Ela está abanando o rabo, quer dizer que ela gostou" afirmou o Primeiro-Ministro Putin.

http://en.rian.ru/russia/20081017/117800806.html



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Muitas notícias hoje. Vou colocar somente as manchetes e os links.

Primeira-Ministra Ucraniana muda posição para salvar coalizão

http://en.rian.ru/world/20081016/117780849.html


Cazaquistão e Rússia executarão exercícios conjuntos de defesa anti-míssil

http://en.rian.ru/world/20081016/117774792.html


Geórgia acusa a Rússia de ter violado o seu espaço aéreo novamente

http://en.rian.ru/world/20081015/117753192.html


OTAN 'ignora' a Rússia após oferta de auxílio no combate ao tráfico de drogas no Afeganistão

http://en.rian.ru/world/20081014/117736111.html
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Rússia afirma que as conversações de Genebra são inúteis sem a presença de representantes da Ossétia e Abkházia

http://en.rian.ru/russia/20081014/117736472.html


EUA não tem planos de oferecer assistência militar à Geórgia em 2009

http://en.rian.ru/world/20081014/117723610.html


Espero que estejam estudando. Qualquer dúvida: otan@onujr.com

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Abkházia e Ossétia do Sul participarão das discussões sobre segurança em Genebra

IMPORTANTE

O Ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, afirmou nesta segunda feira que representantes da Ossétia do Sul e Abkházia participariam das discussões sobre segurança marcadas para esta quarta-feira.

A conferência deverá discutir arranjos de segurança para a Geórgia e toda a região do cáucaso. A participação das duas representações é um pedido direto do governo russo.

Adaptado de: http://en.rian.ru/world/20081013/117710108.html

domingo, 12 de outubro de 2008

Juiz que suspendeu o decreto de Yushenko é processado

Kiev, 12 de Outubro (RIA Novosti).
A Procuradoria de Kiev iniciou processo criminal contra o Juiz que suspendeu o decreto de Yushenko. O Presidente decretou a dissolução do Parlamento de acordo com as regras constitucionais ucranianas, que dão ao Presidente poder para dissolver o parlamento caso não se forme uma coalizão de maioria em 30 dias. De acordo com a constituição uma nova eleição deve ser feita em 60 dias.

"O processo criminal contra o juiz foi iniciado sob a acusação de ter aprovado conscientemente algo que vai contra a lei", disse o Procurador de Kiev Yevheniy Blazhyvsky.

Adaptado de: http://en.rian.ru/world/20081012/117689660.html

sábado, 11 de outubro de 2008

Notícias 11/10

Discreto político finlandês ganha Prêmio Nobel da Paz

Ex-presidente Martti Ahtisaari atuou como mediador em conflitos

O Comitê do Nobel da Paz atribuiu o prêmio deste ano a Martti Ahtisaari, ex-presidente da Finlândia, que há décadas trabalha pela paz adotando uma diplomacia prudente e silenciosa na Ásia, África e Europa. De acordo com o Comitê, entre as 197 pessoas indicadas ao prêmio, Ahtisaari foi escolhido "pelo seu importante trabalho em diversos continentes há mais de três décadas para a solução de conflitos".

Ahtisaari teve um papel crucial na solução de conflitos que se enraizaram no fim do século 20 e ameaçaram explodir no início do 21. O Comitê do Nobel mencionou especificamente o trabalho para pôr fim ao domínio sul-africano na Namíbia, que durou dos anos 70 até o fim da década de 90, e também os seus esforços de paz na província indonésia de Aceh, em Kosovo, na Irlanda do Norte, na Ásia Central, no Chifre da África e, mais recentemente, no Iraque.

noticia completa aqui

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França diz que Rússia não cumpriu cessar-fogo total com Geórgia

GORI, Geórgia (Reuters) - A Rússia não cumpriu integralmente os termos do cessar-fogo assinado com a Geórgia, afirmou nesta sexta-feira o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, colocando em dúvida a retomada das negociações sobre uma parceria entre os russos e a União Européia (UE).


notícia completa aqui
Corte de Kiev suspende decreto Presidencial que dissolve parlamento

O decreto do Presidente Yushenko foi suspenso por decisão da Corte de Kiev. A situação política da Ucrânia se deteriora rapidamente.

http://en.rian.ru/world/20081011/117683285.html

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Guia de Estudos do Comitê no ar

O Guia de Estudos do Comitê já está disponível aos senhores no site!

Entrem em http://www.onujr.com/OTAN.html e procurem pelo link no menu lateral.

Espero que gostem de lê-lo o quanto que gostamos de fazê-lo!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Presidente da Ucrânia dissolve parlamento e convoca eleições

O Presidente Viktor Yushenko num discurso em TV anunciou a dissolução do parlamento e a convocação de mais uma eleição geral (a terceira em menos de 3 anos).

A aliança formada durante a revolução laranja se desfez por completo, segundo Yushenko por culpa da Primeira-Ministra Yulia Timoshenko e sua "sede por poder".

É preciso ficar atento aos eventos na Ucrânia pois grande partes das divisões internas vem de políticos pró e contra Rússia (e, obviamente, pró e contra ocidente).

http://en.rian.ru/world/20081009/117604306.html

e
http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/7660058.stm


Tropas russas completam retirada da Buffer Zone na Geórgia

A forças russas completaram a retirada da Buffer Zone ao redor da Ossétia do Sul dois dias antes da deadline. O acordo previa a retirada das forças até 10 dias depois da chegada de pelo menos 200 observadores da UE, os observadores chegaram no dia 1 de Outubro.

http://en.rian.ru/world/20081008/117600495.html


Nações Unidas aceitam pedido Sérvio para decidir a questão de Kosovo na CIJ

A Assembléia Geral votou em favor do pedido Sérvio de que a legalidade da independência de Kosovo seja julgada pela Corte Internacional de Justiça. No entanto o Primeiro-Ministro de Kosovo afirmou que a Independência da província é uma realidade e que não existe nada que Belgrado pudesse fazer para reverter isto.

http://en.rian.ru/world/20081008/117599218.html

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Líderes da Rússia e da Alemanha discutem a questão georgiana em São Petersburgo

O presidente Dmitry Medvedev e a Primeira-Ministra Angela Merkel se reunirão nesta quinta-feira para discutir, entre outros assuntos, a questão do Cáucaso.

http://en.rian.ru/world/20081001/117368675.html


Somália reconhecerá em breve a independência da Abkházia e da Ossétia do Sul


O embaixador Somali em Moscou afirmou que seu país deve iniciar os processos legais para estabelecer relações diplomáticas com as duas províncias separatistas. Até agora só Nicarágua e Rússia reconheceram formalmente as independências.

O embaixador Mohamed Handule afirmou ainda que a Somália deve buscar uma maior cooperação tecnológica e militar com Moscou.

http://en.rian.ru/world/20081001/117366498.html